terça-feira, 26 de abril de 2022


Mentalidade de Deserto 3: Transferência da Responsabilidade

Este tipo de pensamento limitador é muito comum. Muitas pessoas são chamadas por Deus para exercerem responsabilidades pessoais e intransferíveis, mas pela forma como se vêem, por se acharem incapazes ou por crerem que é uma tarefa que exige muito esforço e disciplina, buscam a transferência dessa responsabilidade, que Deus lhes deu, para outras pessoas. O povo de Israel tinha essa mentalidade. Vejamos alguns aspectos em que o povo transferia toda a responsabilidade para Moisés:


3.1- O povo transferiu a responsabilidade do sacerdócio: Êxodo 19: 1-25.

Êx. 19.6ª- “ E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo.”

O desejo de Deus era que Israel fosse um reino sacerdotal, conforme no versículo acima, mas porque o povo se amedrontou (v.16) – “...de maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial.”, Deus instituiu o sacerdócio levítico. Não é raro encontrarmos cristãos que estão passando pelo deserto por não assumirem a sua responsabilidade sacerdotal. Têm medo da responsabilidade junto à Presença de Deus, preferem ser expectadores daquilo que Deus está fazendo, sem um envolvimento maior, e devido a este pensamento, nunca usufruirão as bênçãos do sacerdócio em sua vida e família.


3.2- Responsabilidade de comunhão pessoal.

Quando a responsabilidade de exercer um sacerdócio é transferida para outros, certamente, a responsabilidade mais importante de cada cristão, o relacionamento com Deus, também é transferido. Inúmeras, foram as vezes em que Moisés intercedeu pelo povo a Deus, pedindo-Lhe que perdoasse as iniquidades daquelas pessoas, como no caso do bezerro de ouro. A Bíblia não afirma em nenhum momento, que o povo buscou o perdão de Deus por conta própria.

Em Êxodo 32:30-32 está escrito: “30  E aconteceu que no dia seguinte Moisés disse ao povo: Vós cometestes grande pecado. Agora, porém, subirei ao SENHOR; porventura farei propiciação por vosso pecado.31  Assim tornou-se Moisés ao SENHOR, e disse: Ora, este povo cometeu grande pecado fazendo para si deuses de ouro.32  Agora, pois, perdoa o seu pecado, se não, risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito.”

 

 A transferência da responsabilidade de relacionar-se com Deus para os outros, traz, como consequência,  a punição, o castigo pelo pecado, mesmo que Deus já tenha perdoado o povo por causa da intercessão do líder Moisés, no caso do versículo citado. Há muitos cristãos sendo açoitados por Deus porque não se arrependem de seus pecados, apesar de serem alcançados pela misericórdia de Deus diariamente, graças às orações de seus líderes.

“ Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;” (1 Pedro 2.9)

Cada um de nós tem responsabilidades para com Deus, não as transfira, exercê-las não é um fardo, mas sim um privilégio.


terça-feira, 12 de abril de 2022

 Não fuja das dificuldades

  Porque este mandamento, que hoje te ordeno, não te é encoberto, e tampouco está longe de ti.” (Deuteronômio 30.11)

  

  Mentalidade de Deserto 2: Quando fugimos das coisas difíceis


A Graça e a Paz do Nosso Senhor Jesus Cristo! 

No último post estudamos um pouco sobre a mentalidade escrava do passado e temerosa quanto ao futuro, e os danos que estes pensamentos causam às pessoas na jornada da fé rumo às suas promessas. Hoje, continuaremos o nosso estudo sobre mentalidades que atrasam o cumprimento das promessas de DEUS em nossas vidas.

Naturalmente, as pessoas procuram por orientação, devido às variadas necessidades, mas também é muito comum levantarem dificuldades para colocarem em prática tais sugestões aconselhadas, geralmente dizem: "É, eu sei que é o certo, mas isso é muito difícil." Quando falamos que algo é difícil ou impossível, assim, isto se torna. Deus não nos manda fazer nada difícil, porque a parte difícil quem faz é ELE.”

 

2.1- DEUS está conosco.

         DEUS É NOSSO AJUDADOR, sem ELE,  nada se fará. Moisés, homem de Deus, achou-se incapaz de cumprir a missão de libertar o povo de Israel da escravidão no Egito, mas o SENHOR lhe disse: "Eu irei contigo". (Êxodo 3.11 e 12)

 

2.2- Deus pode nos levar por caminhos mais longos para nos livrar de inimigos.

      

      O SENHOR pode nos levar pelo caminho mais distante, porque o caminho mais curto pode estar repleto de conflitos, inclusive, com os demônios. O ABBA (Paizinho) sabe exatamente quando e como estaremos prontos para enfrentar as dificuldades e ainda permanecer firmes na promessa. Ler (Êxodo 13.17)

 

2.3- O Cansaço na mente pode atrasar as nossas vitórias 

      Em Gálatas 6.9, somos orientados a não nos cansarmos de fazer o bem, porque se não desfalecermos, no tempo certo teremos uma colheita. Quando permitimos que o cansaço em nossa mente se instaure, facilmente, nos tornamos incrédulos. Precisamos clamar a Deus para renovar a nossa mente ativando a nossa esperança e vivificando as nossas forças. Não podemos desistir, o segredo do sucesso e perseverar até o fim. 

 

2.4- As batalhas precedem o sucesso. 

     É inegável que para termos vitórias devemos enfrentar  as lutas, o sofrimento. A mulher que está dando a luz, sente muitas dores e sofrimentos, mas ao nascer a criança, a mãe percebe que valeu à pena. Quanto maior a luta, maior será a  vitória.

segunda-feira, 4 de abril de 2022


MENTALIDADES DE DESERTO - PARTE 1 

“Onze jornadas há desde Horebe, caminho do monte Seir, até Cades-Barnéia.”(Deuteronômio 1.2) 

“Assim se acendeu a ira do Senhor contra Israel, e fê-los andar errantes pelo deserto quarenta anos ...” (Números 32.13) 

 O povo de Israel, quando saiu do Egito, levou quarenta anos para percorrer uma distância, que segundo especialistas e a Bíblia, duraria no máximo onze dias. Por que isto aconteceu? Porque os israelitas, na época chamados de hebreus, não apenas estavam no deserto, mas possuíam uma mentalidade desértica. Nesse estudo, abordaremos algumas das mais comuns mentalidades de deserto.

 Quando o passado e o futuro determinam o presente

 O povo de Israel possuía um passado de escravidão no Egito e um futuro que não era palpável (a não ser pela fé). Lembranças do passado escravo e medo do futuro, fez com que padecessem no deserto. Muitas pessoas são assim: Viveram um passado terrível de sofrimento, de angústia, de rejeição, de erros sucessivos, de dores, desespero e escravidão, e mesmo estando sob os cuidados de Deus, não conseguem visualizar, pela fé, o futuro que Deus tem para elas. O que fazer quando estamos assim?

 

1.1  – Aprendendo a lidar com o passado

 

Certamente, não poderemos apagar o passado da nossa memória, não teremos amnésia. Contudo, podemos apagá-lo da nossa memória emocional. Precisamos aprender com o passado e nesse ponto. Moisés foi curado. Ele tinha todos os motivos para ser um recalcado, nasceu escravo, sua mãe biológica o abandonou no rio Nilo (para que ele não morresse pelas mãos dos egípcios), viveu como filho adotivo da irmã de Faraó, aos 40 anos foi obrigado a fugir do Egito para o deserto de Midiã, por assassinar um egípcio que torturava um hebreu – passou de príncipe egípcio a um mero pastor de ovelhas – porém, Moisés entendeu que em todo o seu passado estava sendo preparado por Deus para que ele se tornasse o libertador de Israel.

Talvez o seu passado também tenha sido terrível. Mas hoje você vai entender que a sua história só contribuiu para você chegar onde Deus deseja que você esteja! Deus pode usar suas experiências para curar outras vidas! É como a história do elefante. Nos circos que tinham elefantes, eles eram presos pela pata por uma pequena corrente. Se eles dessem um pequeno tranco, arrebentariam-na. Mas por que não a arrebentavam? Porque essa corrente foi colocada quando eles eram filhotes. E eles cresceram sem saber que podiam arrebentar a corrente. Satanás pode ter colocado muitas correntes em você, e você se acostumou com elas enquanto crescia, se você crer em Deus, você poderá quebrá-las em nome de Jesus.

 

1.2  – Aprendendo a lidar com o futuro

 

Se precisamos aprender a lidar com o passado, também é necessário lidarmos com o futuro. Geralmente o futuro com Deus é baseado em suas promessas. E é aqui que entra o perigo, a INCREDULIDADE!  Porque não há nada que nos dê garantia de que as coisas acontecerão como Deus disse, a não ser a fé em Sua Palavra! Um episódio interessante foi quando Moisés mandou os doze espias. Só Josué e Calebe trouxeram um relatório positivo, pois não tinham mentalidade de deserto. Por isso os dois entraram na terra prometida, pois creram que Deus já havia prometido vitória! Eles teriam dificuldades, mas Deus garantiu vitória. O que eles deveriam fazer? CRER! Já os outros dez espias olharam para todas as dificuldades. Quando focamos nas dificuldades, abandonamos a fé (Hebreus 11.1). Em Provérbios 3.5 está escrito: “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes em teu próprio entendimento”.

terça-feira, 29 de março de 2022

 

Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas; (2 Coríntios 10.3,4)

 Todo cristão fiel é controlado pelo Espírito Santo e é arregimentado no Exército de Cristo a serviço do REINO, portanto, não está dispensado da guerra contra Satanás e seus demônios, que apesar de já terem sido vencidos pela morte e ressurreição de Jesus, se empenham em roubar, matar e destruir em todo o pouco tempo que lhes resta neste campo de batalha.

Os nossos inimigos espirituais são mais poderosos do que nós, e sem o auxílio do SENHOR é impossível a nossa sobrevivência a esta batalha espiritual.

 O nosso Deus, porém, concede aos crentes todas as armas necessárias para combater o diabo e seus anjos caídos. No versículo 10 de Efésios 6, Paulo, afirma que nós devemos ser “fortalecidos no Senhor e na força do seu poder” (Efésios 6:10), e isto é o ponto inicial e extremamente necessário de nosso treinamento espiritual, isto é, a nossa total dependência do poder de Deus que nos é concedido pelo Espírito Santo através da oração e da verdade das Escrituras.

 

As nossas armas devem ser espirituais, Paulo continua nos dizendo: Revesti-vos de toda a armadura de Deus (Efésios 6:11). As armas espirituais do cristão são exatamente as peças desta armadura de Deus que devem ser usadaspara podermos ficar firmes contra as ciladas do diabo” (Efésios 6:11).

Estamos lutando contra um grande estrategista que emprega toda a sua astúcia em suas ciladas meticulosamente planejadas para nos atacar em nossa caminhada de fé, por meio de tentações, enganos, mentiras, todo tipo de imoralidades, etc. O seu propósito é quebrar nossa comunhão com Deus e minar nossa fé.

O nosso Deus, porém, nos disponibilizou as armas espirituais que são suficientes para nos manter firmes contra os ataques inimigos. Trata-se de armas de resistência e sustentação durante toda a nossa vida cristã.

Em hebreus 2.14, lemos: E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo;” A vitória contra o diabo foi conquistada na morte e ressurreição do Senhor Jesus, então, não lutamos para conquistar a vitória, mas lutamos em vitória. Assim, somos capacitados pelo Espírito Santo para nos apropriar, pela fé, da Vitória do nosso Senhor Jesus Cristo.

 

Deus nos equipou completamente para esta guerra e, por isso, devemos compreender que não nos falta absolutamente nada para vencer, pois tudo o que é necessário o Senhor nos concedeu. Usando a figura de uma armadura de soldado romano, Paulo cita cada uma das partes espirituais da armadura de Deus (Efésios 6:14-17) :

1) o cinturão da verdade, que diz respeito à própria verdade de Cristo e seu Evangelho.

2) a couraça da justiça trata da justiça de Cristo na vida do crente.

3) a sandália da preparação do Evangelho da paz”, que se refere à confiança e à segurança que encontramos no Evangelho de Cristo que nos trouxe paz com Deus.

4) escudo da fé inabalável que protege o crente contra os dardos inflamados do maligno.

5) capacete da salvação que diz respeito à certeza da salvação em Jesus 

6) a espada do Espírito que é a Palavra de Deus, que nos serve tanto para a defesa quanto para o ataque.

Finalmente, Paulo encerra sua exortação sobre a batalha espiritual e as armas do cristão explicando que as armas espirituais estão acessíveis ao povo de Deus através da oração

 

18 orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos (Efésios 6:18).

terça-feira, 22 de março de 2022

            


SINAIS DE ATAQUES ESPIRITUAIS  (Efésios 6.10-12)

Estamos em uma sequência de estudos sobre batalha espiritual, sendo sempre importante ressaltar que, como citado nos versículos acima, nossa luta não é contra pessoas, mas sim contra forças espirituais malignas, geralmente invisíveis aos nossos olhos naturais, mas que podem ser percebidas através de alguns “sintomas” que ao serem identificados nos tornam mais alertas e vigilantes quanto às estratégias malignas usadas contra nós. Alguns destes sinais de ataques espirituais são:

1.  Desgaste físico demasiado – “acorda cansado”. Somos corpo, alma e espírito. Se estamos fracos no corpo, temos maior dificuldade em vigiar pensamentos, nos irritamos mais facilmente, e isso certamente afetará nossa alma, podendo assim abrir brechas para sermos atingidos espiritualmente (Is 40.31)

2.  Ataques na mente – pensamentos ruins: morte, perturbações, medo, ansiedade...(Fp 4.8)

3.  Aversão por – igrejas, pregações, pastores, algumas pessoas (não suporta ouvir)

4.  Brigas – frequentes desentendimentos nos relacionamentos familiares ou com colegas de trabalho, vizinhos, pessoas em geral.

5.  Desejo desenfreado por algo (vícios) -  jogos, bebidas, cigarros, pornografia, drogas, etc...

6.  Desânimo em buscar a Deus (2 Co 5:7)- Não devemos basear nosso relacionamento com Deus em sentimentos, mas sim por fé. Entretanto, isso é diferente de fazermos algo somente por obrigação e não por paixão (não ter mais prazer na obra e na vontade de Deus).

7.  Recursos financeiros -  portas fechadas, escassez generalizada a fim de nos levar a buscar por “atalhos”, ou seja, caminhos que ainda que legítimos, nos afastam de Deus. Aparentes soluções que vão nos roubar da adoração e consequentemente da obediência a Deus. Em contrapartida, existe também o perigo de cairmos em acomodação, achando que não precisamos de Deus quando a área financeira aparentemente está bem sucedida.

8.  Vida de oração fraca (Mt 26.40,41) -  se nossa vida de oração está fraca, provavelmente nossa comunhão com Deus também está. Qual a sua reação quando lhe chamam para a oração?

9.  Sobrecarregado pelas circunstâncias (Pv 13.12) – é estratégia maligna manter o ser humano assoberbado de afazeres, compromissos, a fim de fazê-lo perder as esperanças e adoecer a sua alma.

10.   Ressurgimento de velhos hábitos e pecados do passado (Gl 5.1) -  a carne buscando refugiar-se no pecado como fonte de alívio.

Esses são alguns dos sinais de que estamos sofrendo ataques malignos. Como vencê-los?

1)     Não se esqueça de quem você é em Cristo (Cl 1.13)

2)     Não ignore a necessidade “do lugar secreto”.

3)     Não abandone o  QG (igreja, célula, o lugar onde você recarrega a bateria espiritual.)

4)     Seja cauteloso com suas companhias. (Sl 1;1; 1 Co 15.33)

5)     Não abra mão de estar sob uma cobertura espiritual.

Ainda que você esteja passando por vários desses ataques espirituais, a decisão de vencer é sua (Tg 4.7).

domingo, 13 de março de 2022

 

Não deixe o diabo usar o seu temperamento.

Não deis lugar ao diabo.”(Efésios 4.27) 

         Muito se ouve sobre a necessidade de ser autêntico, de se falar o que vier à cabeça, custe o que custar. Contudo, se vivermos sob o pretexto de que “eu sou assim mesmo” e “esse é o meu jeito”, vamos andar na contramão do que ensina Jesus Cristo em seu Evangelho. Por quê? Porque se você é um cristão, não interessa como você é, mas  como Cristo é.

E se “não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.20), o verdadeiro cristão não pode usar a desculpas de que “eu nasci assim ou eu sou assim mesmo” e machucar as outras pessoas. Pois Jesus não as machucaria.

Precisamos entender que quando nascemos de novo, passamos por uma transformação em nosso caráter e no nosso temperamento. Como argumento para esta afirmação basta olharmos as virtudes contidas no fruto do Espírito exposto em Gálatas 5.22,23a: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio”.

Pense comigo: isso é o fruto que o Espírito Santo gera na vida do salvo e muitas destas características, destes “gomos” falam de mudança de  caráter e temperamento. Observe: Amor: caráter e temperamento. Alegria: temperamento. Paz: caráter e temperamento.  Longanimidade (ou paciência, em outras traduções): temperamento. Benignidade (ou amabilidade, em outras traduções): caráter e temperamento. Bondade: caráter. Fidelidade (ou fé, em outras traduções): caráter. Mansidão: temperamento. Domínio próprio: caráter e temperamento. A atuação do Espírito Santo na vida daquele que é salvo se dá no todo do indivíduo: no corpo, na alma e no espírito. Ninguém é regenerado por Cristo parcialmente: ou nasce por inteiro ou não nasce.

Diariamente, passamos pelo processo de santificação. Só que santificação representa melhorar nossas qualidades e corrigir os nossos defeitos a cada dia. Subir um degrau da escada, depois outro, depois outro. Não se trata de uma escada rolante nem de estagnação. Não há retrocessos, mas avanços, por isso, jamais fique satisfeito com quem você é no tocante ao seu caráter e temperamento, pois nos é necessário crescimento sempre (Efésios 4.13). O cristão que fala “eu sou assim mesmo, me aguentem” ou “os incomodados que se mudem...” não está em processo de santificação, está parado no sinal verde com o freio de mão puxado. E não adianta buzinar, pois ele não sairá do lugar e ainda pode berrar pela janela: “Eu não vou andar, pois sou autêntico!” Provavelmente, este “cristão” vai te ofender.

Não é nada bíblico afirmar que: “esse é o meu jeito de ser, ou coisa semelhante a isso” para justificar suas atitudes e palavras desrespeitosas, desagradáveis e ofensivas. O verdadeiro cristão vigia em sua forma de falar (Jó 27. 4; Ef 4.29) e é alguém que se arrependeu de todos os seus males, inclusive a sua forma de ser, de falar. Todos temos momentos de raiva, mas quando o seu “jeito de ser” é naturalmente agressivo, isso não demonstra autenticidade, mas falta de intimidade com o que Jesus prega.

Recomendo aos irmãos que não sejam como vocês são. Não se orgulhem de ser quem vocês são. Cristo vive em você? Então deem de beber aos teus inimigos sedentos, alimentem ao inimigo faminto. Amem a quem te faz mal. Contrariem sua natureza e seus impulsos. Alimentem a natureza de Cristo em si. Isso sim é ser cristão.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

A DIFERENÇA ENTRE O ARREBATAMENTO E A SEGUNDA VINDA DE CRISTO

A SEGUNDA VINDA DE CRISTO
O ARREBATAMENTO: A IGREJA INDO DE ENCONTRO A JESUS NOS ARES


Distinção Entre o Arrebatamento e a Segunda Vinda
Dave Hunt
E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras... Certamente, venho sem demora” (Ap 22.12,20).

O encontro nos ares

Essas palavras, as últimas de Cristo que foram registradas por escrito, confirmam Sua promessa anterior: “...voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou, estejais vós também” (Jo 14.3). Paulo faz referência ao cumprimento dessa promessa:“Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, ...e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; ...depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor” (1 Ts 4.16-17).
Como resposta a essas promessas de Cristo, “o Espírito e a noiva dizem: Vem!” (Ap 22.17);ao que João adiciona, jubilante: “Amém! Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.20b). Quem é essa Noiva? Após declarar que esposo e esposa são “uma só carne”, Paulo explica: “Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja” (Ef 5.32).
A qualquer momento
As palavras de Cristo, do mesmo modo como as de João, do Espírito e da Noiva, não fariam sentido se essa vinda para levar os crentes para Si mesmo tivesse que esperar a revelação do Anticristo (perspectiva pré-ira) ou a consumação da Grande Tribulação (perspectiva pós-tribulacionista). Uma vinda de Cristo “pós-qualquer coisa” para Sua Noiva simplesmente não se encaixa nessas palavras das Escrituras. Afirmar que a Grande Tribulação deve ocorrer primeiro, para que o Espírito e a Noiva digam: “Vem, Senhor Jesus”, é como exigir o pagamento de uma dívida que vai vencer somente em sete anos!
Um Arrebatamento “pós-qualquer coisa” vai contra várias passagens das Escrituras que demandam claramente a vinda de Cristo a qualquer momento (iminente). O próprio Jesus disse: “Cingido esteja o vosso corpo, e acesas as vossas candeias, sede vós semelhantes a homens que esperam o seu senhor” (Lc 12.35,36a). Esse mandamento seria ridículo se Cristo pudesse vir para o Arrebatamento apenas após os sete anos da Tribulação.
A vinda que a Noiva de Cristo tanto deseja levará à ressurreição dos mortos e à transformação dos corpos dos vivos. Isso fica bem claro não somente em 1 Tessalonicenses 4, mas também através de outras passagens: “...de onde (os céus) aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória” (Fp 3.20-21). Muitas outras passagens também incentivam os crentes a vigiar e esperar com intensa expectativa. Essas exortações somente fazem sentido se a possibilidade de Cristo levar Sua Noiva para o céu puder ocorrer a qualquer momento: “...aguardando vós a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 1.7); “...deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro, e para aguardardes dos céus o Seu Filho...” (1 Ts 1.9-10); “...aguardando a bendita esperança e a manifestação do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tt 2.13); “...aparecerá segunda vez ...aos que o aguardam para a salvação” (Hb 9.28); “Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor” (Tg 5.7).
Diferentes opiniões sobre o Arrebatamento não afetam a salvação, mas deveríamos procurar entender o que a Bíblia diz. A Igreja primitiva estava claramente esperando o Senhor a qualquer momento. Estar vigiando e esperando por Cristo, se o Anticristo deve aparecer primeiro, é como esperar o Pentecoste antes da Páscoa. No entanto, Cristo exortou: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” (Mt 25.13); “...para que, vindo ele inesperadamente, não vos ache dormindo. O que, porém, vos digo, digo a todos: vigiai” (Mc 13.36-37).
A surpresa da Sua vinda
A seguinte afirmação de Jesus também não se encaixa numa vinda pós-tribulacionista: “Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora que não cuidais, o Filho do Homem virá” (Mt 24.44). É absurdo imaginar que qualquer pessoa sobrevivente da Grande Tribulação, que tenha visto os eventos profetizados (as pragas e julgamentos derramados na terra; a imagem do Anticristo no Templo; a marca da besta imposta a todos que quiserem comprar e vender; as duas testemunhas testificando em Jerusalém, sendo mortas, ressuscitadas e levadas ao céu; Jerusalém cercada pelos exércitos do mundo, etc.), tendo contado os 1260 dias (3 anos e meio) de duração da segunda metade da Grande Tribulação (preditos em Apocalipse 11.2-3;12.14), poderia imaginar naquela hora que Cristo não estaria a ponto de retornar! Após todos esses acontecimentos, isso será por demais evidente. Portanto, simplesmente não há como reconciliar uma vinda de Cristo pós-tribulacionista com Seu aviso de que virá quando não estiver sendo esperado.
Distinção entre Arrebatamento e
Segunda Vinda
Somente essa afirmação já distingue o Arrebatamento (a retirada da Igreja da terra para o céu) da Segunda Vinda (para resgatar Israel durante o Armagedom); pois este último acontecimento não vai surpreender quase ninguém. Contrastando com Seu aviso de que mesmo muitos na Igreja não O estarão esperando, as Escrituras anunciam outra vinda de Cristo quando todos os sinais já tiverem sido cumpridos e todos souberem que Ele está voltando. A um Israel descrente, Cristo declarou: “Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas” (Mt 24.33). Até o Anticristo saberá: “E vi a besta e os reis da terra, com os seus exércitos, congregados para pelejarem contra aquele que estava montado no cavalo e contra o Seu exército” (Ap 19.19).
Ou Cristo está se contradizendo (impossível!), ou Ele está falando de dois eventos. Jesus disse que virá num tempo de paz e prosperidade quando até Sua Noiva não estará esperando por Ele: “Ficai também vós apercebidos, porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá” (Lc 12.40). Não somente as [virgens] néscias, mas até as sábias estarão dormindo: “E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram” (Mt 25.5).
No entanto, a Escritura diz que o Messias virá quando o mundo estiver quase destruído pela guerra, fome e os juízos de Deus, e quando Israel estiver quase derrotado. Então, Yahweh declara: “olharão para aquele a quem traspassaram” (Zc 12.10b), e todos os judeus vivos na terra reconhecerão seu Messias que retornará como “Deus forte, Pai da Eternidade” (Is 9.6): exatamente como os profetas previram, Ele veio como homem, morreu pelos seus pecados, e retornará, dessa vez para salvar Israel. Sobre esse momento culminante, Cristo declara: “Aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo” (Mt 24.13). Paulo adiciona: “...todo o Israel [ainda vivo] será salvo”... (Rm 11.26).

Dois eventos distintos
Não podemos escapar ao fato de que duas vindas de Cristo ainda se darão no futuro: uma que surpreenderá até mesmo Sua Noiva e outra que não será uma surpresa para quase ninguém. As duas não podem ser o mesmo evento. Mas onde o Novo Testamento diz que ainda há duas vindas a serem cumpridas? Todo cristão crê em duas vindas de Cristo: Ele veio uma vez à terra, morreu pelos nossos pecados, ressuscitou dentre os mortos, retornou ao céu e voltará. Contudo, em nenhum lugar o Antigo Testamento diz que haveria duas vindas distintas.
Esse fato causou confusão para os rabinos, para os discípulos de Cristo e até para João Batista, que era “cheio do Espírito Santo, já do ventre materno” (Lc 1.15, 41,44), João tinha testificado que Jesus era “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). No entanto, este último dos profetas do Velho Testamento, de quem não havia ninguém maior“nascido de mulher” (Lc 7.28), começou a duvidar: “És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?” (Mt 11.3).
Somente uma vinda do Messias era esperada. Ele iria resgatar Israel e estabelecer Seu Reino sobre o trono de Davi em Jerusalém. Por essa razão os rabinos, os soldados e a multidão zombaram dEle na cruz (Mt 27.40-44; Mc 15.18-20; 29-32; Lc 23.35-37). Apesar de todos os milagres que Jesus tinha feito, os discípulos, da mesma forma, tomaram Sua crucificação como a prova conclusiva de que Ele não poderia ter sido o Messias. Os dois na estrada de Emaús disseram: “...nós esperávamos que fosse Ele quem havia de redimir Israel” (Lc 24.19-21) – mas agora Ele estava morto.
Cristo os repreendeu por não crerem “tudo o que os profetas disseram!” (Lc 24.25). Este era o problema comum: deixar de considerar todas as profecias. Israel tinha uma compreensão unilateral da vinda do Messias (e continua assim atualmente), que lhe permitia ver apenas Seu reino triunfante e o deixava cego para Seu sacrifício pelo pecado. Até mesmo muitos cristãos estão tão obcecados com pensamentos de “conquista” e “domínio” que imaginam ser responsabilidade da Igreja dominar o mundo e estabelecer o Reino de Deus, para que o Rei possa retornar à terra para reinar. Eles se esquecem da promessa que Ele fez à Sua Noiva de levá-la ao céu, de onde ela voltará com Ele para ajudá-lO a governar o mundo.
O Arrebatamento ocorrerá antes da Tribulação
Como poderia Cristo executar julgamento sobre a terra, vindo do céu “entre suas santas miríades (multidões de santos)” (Jd 14), se primeiro não as tivesse levado para o céu? Aqui temos outra razão para um Arrebatamento anterior à Tribulação. Incrivelmente, Michael Horton, em seu livro “Putting Amazing Back into Grace”, imagina que 1 Tessalonicenses 4.14 (“assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem”) refere-se à Segunda Vinda de Cristo “com os santos”. Ao contrário, na ocasião do Arrebatamento Jesus trará a alma e o espírito dos cristãos fisicamente mortos para serem reunidos com seus corpos na ressurreição, levando-os para o céu juntamente com os vivos transformados. Na Segunda Vinda Ele trará consigo de volta à terra os santos vivos, que já foram ressuscitados e previamente levados ao céu no Arrebatamento.
Antes da volta de Cristo com os Seus santos haverá a celebração das Bodas do Cordeiro com Sua Noiva (Ap 19.7). Tendo passado pelo Tribunal de Cristo (1 Co 3.12-15); (2 Co 5.10 ), os santos estarão vestidos de linho fino, branco e puro (Ap 19.8). Certamente eles devem ser também o exército vestido de linho fino, branco e puro (Ap 19.14) que virá com Cristo para destruir o Anticristo. Quando eles foram levados ao céu? É claro que isso não ocorrerá durante a própria Segunda Vinda, pois não haveria tempo suficiente nem para o Tribunal de Cristo, nem para as Bodas do Cordeiro. O Arrebatamento deve ter ocorrido anteriormente.
Aqueles que estão com seus pés plantados na terra, esperando encontrar um “Cristo”, esquecem que o verdadeiro Cristo virá nos buscar para nos encontrarmos com Ele nos ares e nos levará para a casa de Seu Pai. Eles se esquecem também que o Anticristo estabelecerá um reino terreno antes que o verdadeiro Rei volte para reinar. Infelizmente, os que se empenham em estabelecer um reino nesta terra estão preparando o mundo para o reino fraudulento do “homem do pecado”.
A Escritura registra duas vindas
Como alguém nos tempos do Velho Testamento poderia saber que haveria duas vindas do Messias? Somente por implicação. Ou os profetas se contradisseram quando profetizaram que o Messias seria rejeitado e crucificado e que Ele também seria proclamado Rei sobre o trono de Davi para sempre, ou eles falavam de duas vindas de Cristo.
Não há forma de colocar dentro de um só evento o que os profetas disseram. Simplesmente tem de haver duas vindas do Messias: primeiro como o Cordeiro de Deus, para morrer pelos nossos pecados, e depois como o Leão da Tribo de Judá (Os 5.14-15; Ap 5.5), em poder e glória para resgatar Israel no meio da batalha do Armagedom.
A mesma coisa acontece no Novo Testamento. Note as muitas contradições, a menos que estes sejam dois eventos:
1) Ele vem para Seus santos e numa hora que ninguém espera; mas vem com Seus santos quando todos souberem que Ele está vindo.
2) Ele não vem à terra mas arrebata os santos para se encontrarem com Ele nos ares (1 Ts 4.17); por outro lado, Ele vem à terra: “naquele dia, estarão Seus pés sobre o monte das Oliveiras” (Zc.14.4), e os santos vem à terra com Ele.
3) Ele leva os santos para o céu, para as muitas mansões na casa de Seu Pai, para estarem com Ele (Jo.14.3); mas traz os santos do céu (Zc 14.5, Jd 14).
4) Ele vem para Sua Noiva num tempo de paz e prosperidade, bons negócios e prazeres (Lc 17.26-30); mas volta para salvar Seu povo Israel quando o mundo já terá sido praticamente destruído, em meio ao pior conflito já visto na terra, a batalha do Armagedom.
Rebatendo as críticas ao Arrebatamento
Cristo declarou: “Assim como foi nos dias de Noé ...comiam, bebiam, casavam-se... O mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre... Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar” (Lc 17.26-30). Essas condições mundiais por ocasião do Arrebatamento só podem se referir ao período anterior à Tribulação; certamente não ao final dela!
Arrebatamento? Há críticos afirmando que a palavra “Arrebatamento” nem está na Bíblia! Isso não é verdade, pois a versão latina da Bíblia (Vulgata), feita por Jerônimo no quinto século, traduziu o grego harpazo (arrancar subitamente) pela palavra raptus (raptar), da qual deriva “Arrebatamento”. Foi o que Cristo nos prometeu em João 14: levar-nos para o céu.
Outros críticos papagueiam o mito propagado por Dave MacPherson, de que o ensino do Arrebatamento antes da Tribulação apareceu apenas no início do século XIX através de Darby, que o teria aprendido de Margaret MacDonald. Ela o teria recebido de Edward Irving, e este, por sua vez, o teria encontrado nos escritos do jesuíta Emmanuel Lacunza. Isso simplesmente não é verdade. Muitos escritores anteriores expressaram a mesma convicção. Um deles foi Ephraem de Nisibis (306-373 d.C.), bem conhecido na história da igreja da Síria. Ele afirmou: “Todos os santos e eleitos de Deus serão reunidos antes da tribulação, que está por vir, e serão levados para o Senhor...” Seu sermão com essa afirmação teve ampla circulação popular em diferentes idiomas.
Sim,  uma vinda do Senhor após a Tribulação: “Logo em seguida à tribulação daqueles dias... verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória” (Mt 24.29-30). A referência aos anjos “reunindo Seus escolhidos dos quatro ventos” (vv. 29-31) certamente não significa Cristo arrebatando Sua Igreja para levá-la ao céu, pois trata-se do ajuntamento do Israel disperso, de volta à sua terra quando da Segunda Vinda.
Cristo associou o mal com o pensamento de que Sua vinda se atrasaria: “Mas, se aquele servo, sendo mau, disser consigo mesmo: Meu Senhor demora-se” (Mt 24.48; Lc 12.45).Novamente, essa afirmação não tem sentido se o Arrebatamento vem após a Tribulação.
Não existe motivo maior para uma vida santa e um evangelismo diligente do que saber que o Senhor poderia nos levar ao céu a qualquer momento. Que a Noiva acorde do seu sono, apaixone-se novamente pelo Noivo, e de coração diga continuamente por meio da sua vida diária: “Vem, Senhor Jesus!” (Dave Hunt - TBC - http://www.chamada.com.br)http://www.chamada.com.br/livraria/assets/images/capas/small/2.jpg