terça-feira, 29 de março de 2022

 

Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas; (2 Coríntios 10.3,4)

 Todo cristão fiel é controlado pelo Espírito Santo e é arregimentado no Exército de Cristo a serviço do REINO, portanto, não está dispensado da guerra contra Satanás e seus demônios, que apesar de já terem sido vencidos pela morte e ressurreição de Jesus, se empenham em roubar, matar e destruir em todo o pouco tempo que lhes resta neste campo de batalha.

Os nossos inimigos espirituais são mais poderosos do que nós, e sem o auxílio do SENHOR é impossível a nossa sobrevivência a esta batalha espiritual.

 O nosso Deus, porém, concede aos crentes todas as armas necessárias para combater o diabo e seus anjos caídos. No versículo 10 de Efésios 6, Paulo, afirma que nós devemos ser “fortalecidos no Senhor e na força do seu poder” (Efésios 6:10), e isto é o ponto inicial e extremamente necessário de nosso treinamento espiritual, isto é, a nossa total dependência do poder de Deus que nos é concedido pelo Espírito Santo através da oração e da verdade das Escrituras.

 

As nossas armas devem ser espirituais, Paulo continua nos dizendo: Revesti-vos de toda a armadura de Deus (Efésios 6:11). As armas espirituais do cristão são exatamente as peças desta armadura de Deus que devem ser usadaspara podermos ficar firmes contra as ciladas do diabo” (Efésios 6:11).

Estamos lutando contra um grande estrategista que emprega toda a sua astúcia em suas ciladas meticulosamente planejadas para nos atacar em nossa caminhada de fé, por meio de tentações, enganos, mentiras, todo tipo de imoralidades, etc. O seu propósito é quebrar nossa comunhão com Deus e minar nossa fé.

O nosso Deus, porém, nos disponibilizou as armas espirituais que são suficientes para nos manter firmes contra os ataques inimigos. Trata-se de armas de resistência e sustentação durante toda a nossa vida cristã.

Em hebreus 2.14, lemos: E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo;” A vitória contra o diabo foi conquistada na morte e ressurreição do Senhor Jesus, então, não lutamos para conquistar a vitória, mas lutamos em vitória. Assim, somos capacitados pelo Espírito Santo para nos apropriar, pela fé, da Vitória do nosso Senhor Jesus Cristo.

 

Deus nos equipou completamente para esta guerra e, por isso, devemos compreender que não nos falta absolutamente nada para vencer, pois tudo o que é necessário o Senhor nos concedeu. Usando a figura de uma armadura de soldado romano, Paulo cita cada uma das partes espirituais da armadura de Deus (Efésios 6:14-17) :

1) o cinturão da verdade, que diz respeito à própria verdade de Cristo e seu Evangelho.

2) a couraça da justiça trata da justiça de Cristo na vida do crente.

3) a sandália da preparação do Evangelho da paz”, que se refere à confiança e à segurança que encontramos no Evangelho de Cristo que nos trouxe paz com Deus.

4) escudo da fé inabalável que protege o crente contra os dardos inflamados do maligno.

5) capacete da salvação que diz respeito à certeza da salvação em Jesus 

6) a espada do Espírito que é a Palavra de Deus, que nos serve tanto para a defesa quanto para o ataque.

Finalmente, Paulo encerra sua exortação sobre a batalha espiritual e as armas do cristão explicando que as armas espirituais estão acessíveis ao povo de Deus através da oração

 

18 orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos (Efésios 6:18).

terça-feira, 22 de março de 2022

            


SINAIS DE ATAQUES ESPIRITUAIS  (Efésios 6.10-12)

Estamos em uma sequência de estudos sobre batalha espiritual, sendo sempre importante ressaltar que, como citado nos versículos acima, nossa luta não é contra pessoas, mas sim contra forças espirituais malignas, geralmente invisíveis aos nossos olhos naturais, mas que podem ser percebidas através de alguns “sintomas” que ao serem identificados nos tornam mais alertas e vigilantes quanto às estratégias malignas usadas contra nós. Alguns destes sinais de ataques espirituais são:

1.  Desgaste físico demasiado – “acorda cansado”. Somos corpo, alma e espírito. Se estamos fracos no corpo, temos maior dificuldade em vigiar pensamentos, nos irritamos mais facilmente, e isso certamente afetará nossa alma, podendo assim abrir brechas para sermos atingidos espiritualmente (Is 40.31)

2.  Ataques na mente – pensamentos ruins: morte, perturbações, medo, ansiedade...(Fp 4.8)

3.  Aversão por – igrejas, pregações, pastores, algumas pessoas (não suporta ouvir)

4.  Brigas – frequentes desentendimentos nos relacionamentos familiares ou com colegas de trabalho, vizinhos, pessoas em geral.

5.  Desejo desenfreado por algo (vícios) -  jogos, bebidas, cigarros, pornografia, drogas, etc...

6.  Desânimo em buscar a Deus (2 Co 5:7)- Não devemos basear nosso relacionamento com Deus em sentimentos, mas sim por fé. Entretanto, isso é diferente de fazermos algo somente por obrigação e não por paixão (não ter mais prazer na obra e na vontade de Deus).

7.  Recursos financeiros -  portas fechadas, escassez generalizada a fim de nos levar a buscar por “atalhos”, ou seja, caminhos que ainda que legítimos, nos afastam de Deus. Aparentes soluções que vão nos roubar da adoração e consequentemente da obediência a Deus. Em contrapartida, existe também o perigo de cairmos em acomodação, achando que não precisamos de Deus quando a área financeira aparentemente está bem sucedida.

8.  Vida de oração fraca (Mt 26.40,41) -  se nossa vida de oração está fraca, provavelmente nossa comunhão com Deus também está. Qual a sua reação quando lhe chamam para a oração?

9.  Sobrecarregado pelas circunstâncias (Pv 13.12) – é estratégia maligna manter o ser humano assoberbado de afazeres, compromissos, a fim de fazê-lo perder as esperanças e adoecer a sua alma.

10.   Ressurgimento de velhos hábitos e pecados do passado (Gl 5.1) -  a carne buscando refugiar-se no pecado como fonte de alívio.

Esses são alguns dos sinais de que estamos sofrendo ataques malignos. Como vencê-los?

1)     Não se esqueça de quem você é em Cristo (Cl 1.13)

2)     Não ignore a necessidade “do lugar secreto”.

3)     Não abandone o  QG (igreja, célula, o lugar onde você recarrega a bateria espiritual.)

4)     Seja cauteloso com suas companhias. (Sl 1;1; 1 Co 15.33)

5)     Não abra mão de estar sob uma cobertura espiritual.

Ainda que você esteja passando por vários desses ataques espirituais, a decisão de vencer é sua (Tg 4.7).

domingo, 13 de março de 2022

 

Não deixe o diabo usar o seu temperamento.

Não deis lugar ao diabo.”(Efésios 4.27) 

         Muito se ouve sobre a necessidade de ser autêntico, de se falar o que vier à cabeça, custe o que custar. Contudo, se vivermos sob o pretexto de que “eu sou assim mesmo” e “esse é o meu jeito”, vamos andar na contramão do que ensina Jesus Cristo em seu Evangelho. Por quê? Porque se você é um cristão, não interessa como você é, mas  como Cristo é.

E se “não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.20), o verdadeiro cristão não pode usar a desculpas de que “eu nasci assim ou eu sou assim mesmo” e machucar as outras pessoas. Pois Jesus não as machucaria.

Precisamos entender que quando nascemos de novo, passamos por uma transformação em nosso caráter e no nosso temperamento. Como argumento para esta afirmação basta olharmos as virtudes contidas no fruto do Espírito exposto em Gálatas 5.22,23a: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio”.

Pense comigo: isso é o fruto que o Espírito Santo gera na vida do salvo e muitas destas características, destes “gomos” falam de mudança de  caráter e temperamento. Observe: Amor: caráter e temperamento. Alegria: temperamento. Paz: caráter e temperamento.  Longanimidade (ou paciência, em outras traduções): temperamento. Benignidade (ou amabilidade, em outras traduções): caráter e temperamento. Bondade: caráter. Fidelidade (ou fé, em outras traduções): caráter. Mansidão: temperamento. Domínio próprio: caráter e temperamento. A atuação do Espírito Santo na vida daquele que é salvo se dá no todo do indivíduo: no corpo, na alma e no espírito. Ninguém é regenerado por Cristo parcialmente: ou nasce por inteiro ou não nasce.

Diariamente, passamos pelo processo de santificação. Só que santificação representa melhorar nossas qualidades e corrigir os nossos defeitos a cada dia. Subir um degrau da escada, depois outro, depois outro. Não se trata de uma escada rolante nem de estagnação. Não há retrocessos, mas avanços, por isso, jamais fique satisfeito com quem você é no tocante ao seu caráter e temperamento, pois nos é necessário crescimento sempre (Efésios 4.13). O cristão que fala “eu sou assim mesmo, me aguentem” ou “os incomodados que se mudem...” não está em processo de santificação, está parado no sinal verde com o freio de mão puxado. E não adianta buzinar, pois ele não sairá do lugar e ainda pode berrar pela janela: “Eu não vou andar, pois sou autêntico!” Provavelmente, este “cristão” vai te ofender.

Não é nada bíblico afirmar que: “esse é o meu jeito de ser, ou coisa semelhante a isso” para justificar suas atitudes e palavras desrespeitosas, desagradáveis e ofensivas. O verdadeiro cristão vigia em sua forma de falar (Jó 27. 4; Ef 4.29) e é alguém que se arrependeu de todos os seus males, inclusive a sua forma de ser, de falar. Todos temos momentos de raiva, mas quando o seu “jeito de ser” é naturalmente agressivo, isso não demonstra autenticidade, mas falta de intimidade com o que Jesus prega.

Recomendo aos irmãos que não sejam como vocês são. Não se orgulhem de ser quem vocês são. Cristo vive em você? Então deem de beber aos teus inimigos sedentos, alimentem ao inimigo faminto. Amem a quem te faz mal. Contrariem sua natureza e seus impulsos. Alimentem a natureza de Cristo em si. Isso sim é ser cristão.